Escrever sobre o nosso amor, parece ser uma tarefa impossível.
Amor que persiste na distância e no tempo.
Amor que existe, já que não pode ser vivido.
Fruto da nossa projeção, da nossa idealização.
Romântico, intenso e fatal...
Fatal para nossa saúde, para a nossa saúde mental.
Por isso a distância,
por isso o espaço,
por isso a saudade.
E o esforço para esquecer, só faz esse amor aumentar...
Que vontade de não fazer o que é certo,
que vontade de ficar perto,
e tomar esse amor em um único gole,
esmiuçando todos os seus detalhes,
todas as suas fraquezas, lacunas e brechas.
Amor que se auto-sustenta afastado dos seus amantes.
Amor que virou entidade própria, humana , viva...
Independente de mim, independente de nós.
Como pode um amor existir sem seus criadores?
Ah, que vontade de destruir esse amor vivendo.
Vivendo, estragando, devorando.
Até decepcionar as nossas expectativas...
Agora me diz, porque a gente tem tanto medo disso?
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