terça-feira, 14 de junho de 2011

Exclusivamente pra você.

Este texto tem dono, tem destino, tem razão de ser. Estas palavras são verídicas e suas. Tenho fugido do espelho, pois ele tem exposto a minha hipocrisia. Eu sempre disse que o mundo dá voltas e nos momentos em que mais senti raiva, juro que desejei que alguém um dia fizesse com você o mesmo que você havia feito comigo. Desejei que você sentisse a mesma dor que eu sentia... O que eu não sabia era que quem faria isso com você, seria eu. Fica uma divisão em mim, de uma satisfação por estar vendo você entender agora todas as minhas queixas e ver você entregue, exposto, como eu antigamente. No entanto, dói estar diante da minha incoerência e dos meus atos tão indignos e sacanas. Devo me culpar tanto? Afinal, você merece. Devo me torturar tanto vendo que você tá mal com minha indiferença? Um dia eu te amei muito, um dia você era aquilo que eu mais queria. Um dia você foi o meu porto-seguro, um dos meus sonhos. Um dia... Seilá, você sabe que eu gosto de você, mas que eu perdi todas as certezas que eu tinha. Eu juro que não quero te fazer mal. Não confie em mim. Eu sou mais imatura do que eu pensava. Eu não estou preparada pra isso.

domingo, 12 de junho de 2011

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Dimensões e teorias. Ciência, física. Estatísticas psíquicas. Ele gosta de números e eu gosto da camisa preta de manga curta que ele veste. Ele valoriza o método, a análise, os fatores e eu gosto de pensar em poesia quando o vejo. Correlação nula. Ideias opostas, probabilidades ilusórias de sucesso, de um encontro. Destino é acaso, acaso me lembra o tom, que tem dado sonoridade ao meu poema sem rimas e versos, em um espaço aberto onde estou com o coração escancarado, exposto, transbordando questões e gestalts abertas. Aprendo outras línguas, quero aprender o idioma das estrelas. Acordo do sonho, ou não, esta vida que eu levo é irreal e só posso está sonhando dentro de uma caverna paleolítica. O telescópio me mostra o utópico diante do meu nariz. Vontade de tirar uma trova espanhola de um violão sem cordas, vontade de arder criando. E de morrer vivendo.

Glossário dispensável.

Tem sido assim, tem sido eu. Estou no meio da crise, no hiato literário, no não saber o que de fato é meu e o que é do outro. Explicar isso seria inútil e dispensável. Seria como uma legenda, onde significados se perdem com a tradução. Eu me perco quando me traduzo. Quantos elementos a fotografia não capta? Quantos elementos as palavras omitem? Em mim, ocorre uma dança frenética chamada sentir, enlouqueço, por isso penso, na tentativa de assumir o controle. Fracasso! O sentimento só faz sentido se for sentido.