terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sou poeta de mim mesma
Do vazio
e do medo que me acompanha
Quem leria os versos desordenados da minha vida?

Mente obtusa
vida desembaraçada
Escrevo meus ventos
Escrevo a minha rosa

Sou poeta dos faróis altos
dos apressados
e dos mudos
A lingua é maior viagem entre dois mundos.

Um caminho largo e sonoro
entre histórias
Sou poeta e uso a palavra
para subverter
subverter as imagens
que me causam
sede
insônia
e dor.
A cabeça roda
Os pés seguem
Os olhos se perdem
As mãos anseiam
a escrita,
salvação.

Nesta tempestade
a poesia é o meu barco.
O caos atropela
mas o desejo,
continua a arder.

Os meses passam
E vem a saudade
de quando não haviam fronteiras
para os meus passos.

Aprendi com o céu,
as estrelas e o luar
que todos vemos o mesmo
quando olhamos para cima.

O mundo é um giro
Uma volta
Um suspiro.
Quero te beijar na Metade do Mundo
Nem pela metade
Nem pela última vez

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Eu te amo
Como quem se despediu
Sabendo que a ingenuidade foi rompida
Sabendo que não haverá futuro

Se nos juntarmos é temporário
Se nos separarmos
o vento leva
e dita as direções

Quase não vejo nada
Nem do termo
e do meio em que estamos
De estar sem estar estando
De amar, partindo.