domingo, 3 de outubro de 2010

Amor, democrático Amor...

Uma pequena homenagem a meu amigo calouro fã, que fez comigo esse pequeno e fofo texto numa brincadeira emiessiênica.
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Pareciam perfeitos um pro outro, enfim, mas ela era Serra e ele era PT. E esse foi o começo do fim. O grande dia havia chegado e no momento da apuração dos votos, à medida que os valores apontavam para uma vitória, que não era mais de partido, e sim dele, o amor deles dois ia se perdendo, a cada ponto computado, a cada segundo pra o decreto, para o fim da eleição.

Ele, por alguns segundos em que o coração falou mais forte, pensou em rever sua posição tão radical. Afinal de contas, eleições são a cada 4 anos, mas um amor como aquele, raramente, uma vez na vida... Ela, ao contrário, não pensava, afinal , era ela que estava perdendo as eleições e não ele. Tudo bem, as eleições eram de 4 em 4 anos, mas não conseguiria suportar 4 anos dormindo com o PT, isso feria todos os seus princípios, ainda mais um PT vitorioso, isso não, isso não!

Insistentemente, ele tentou convencê-la de que qualquer disputa, a não ser para estarem juntos, era pequena diante daquele sentimento tão grande e belo. Também argumentou que aquele orgulho tolo limitava demais, a causava problemas por impedí-la de viver intensamente novos momentos, com novos e mais felizes modos de pensar. E ainda deu-lhe flores.

Ouvindo aqueles apelos, ela foi deixando o sentimento invadir aos poucos e quebrar seu radicalismo. É! Até que privatizar empresas estatais não era tão legal assim, e também, o bolsa familia já ajudou muita gente, não podia negar. E assim, disfarçando que estava amolecendo, resolveu ficar do lado do petista mais maravilhoso que conhecia, porque o amor, ah o amor! Esse sim tem o direito de ser apolítico.
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Camilla Veras e Lucas Gondim

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