quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cheguei de mansinho, como quem pede cafuné, carinho.
Ô carência!
Mas era tão raro, essa rotina maluca desacostuma a felicidade gratuita.
Café quentinho,
Meia no pé, frio.
Interior lá longe...
Terra molhada, chuva no telhado.
Cobertor.
Colo de vó, benção de avô.
Amor de familia, doce de leite, cachecol de crochê.
Simples como ir a todos lugares de bicicleta.
Simples como amar sem esperar nada.
Simples como esperar ansiosamente para ler mais um pouco de um livro...
A tecnologia foi proibida de entrar aqui.
Aqui, onde as relações são humanas e reais.
Refúgio do meu gosto,
cavalo, vida, campo, verde.
Águas doces de Oxum e terra dos elementais.
Ô meu mundo perfeito, intocável, paralelo, verdadeiro.
Não quero voltar, não quero voltar para a busca do sucesso,
para a falta de tempo.
Quero ficar aqui, anônima, amada, mimada e inteira.

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