Despediu-se...
Foi demorado, progressivo.
Durou meses, até anos.
Doeu muito, parcelado.
Mas, despediu-se.
E de uma noite para outra foi embora naturalmente,
sem perceber, sem se fazer notar.
Apenas foi embora, como se nunca estivesse estado ali por tanto tempo.
Não foi brusco, ao contrário,
doeu o dobro por não ter sido de uma só vez.
Por vezes alimentei-me de falsas esperanças,
de um amor passível de um cuidado.
Era a nossa fantasia, para amenizar o desamparo.
Éramos o nosso porto seguro,
até o dia que aprendêssemos a andar sozinhos.
E aprendemos, os dois.
E foi assim naturalmente...
Que o amor, o ardente amor da gente,
foi virando, virando e virando amizade.
que maravilhoso, Camila! *-*
ResponderExcluirconhecí seu blog através de uma amiga e me identifiquei com todos os seus posts! Parabéns, tá muito lindoo!!